sexta-feira, 8 de julho de 2011

Esporte extremo: Um processo de descivilização?

A sociedade avançou em vários estágios até chegar à civilização no qual conhecemos como é hoje, pois o homem primitivo por serem nômades, deslocava-se de um local para o outro a procura de alimentos, caçava, pescava, nadava, arremessava armas, pela repetição contínua desses exercícios, na luta pela sobrevivência, aperfeiçoava as funções educando-as gradativa e inconscientemente, segundo as leis naturais de criação, mas com a chegada da agricultura, se tornaram sedentários.
Créditos: LivrEsportes

As atividades físicas da humanidade se desenvolveram tendo em vista, não somente as necessidades fisiológicas, mas também tinham uma aplicação na sobrevivência. O homem se exercitava em suas lutas, jogos, combates entre povos e também simulados, por recreação, mas em todas, por sobrevivência ou recreação, havia sempre emoção para si e para o público quando existia.

O homem fez descobertas fascinantes em toda sua existência, mas será que no esporte ele evoluiu? Os esportes atuais são cheios de regras e a “emoção” que existia na antiguidade deixou de fazer parte do cenário, pois o capitalismo é mais importante.

A necessidade de “emoção”, fez com que vários atletas se arriscassem em esportes com condições extremas de sobrevivência, como no pólo norte ou no deserto de Saara. Nestes locais, os atletas vivenciam experiências que na sociedade moderna não poderá acontecer, havendo um processo de descivilização do homem.

Essas práticas que envolvem desafios e fortes emoções deram-se a criação do chamado esporte de aventura, onde há um alto grau de risco físico, sendo começado há aproximadamente mil anos pelo o surf, no qual, homens se arriscavam sobre trocos de arvores em busca de emoção, se consolidando nos anos 90 com os esportes de adultos, como:

• Paintball
• Skydiving
• Alpinismo
• Montanismo
• Pára-qudismo
• Hang gliding
• Bungee jumping
• Trekking
• Mountain bike
 
Por causa do elevado nível de esforço psíquico, estes esportes radicais merecem uma extrema atenção por parte dos psicólogos esportivos, pois é preciso compreender e lidar com os fatores psíquicos que interferem o atleta nos seus objetivos e ficando atentos nos fatores cognitivos, motivacionais e emocionais que influenciam a performance do atleta, pois este é um ser humano que precisa de atenção relacionada a sua mente e não apenas no físico.
O temperamento desses atletas deve ser observado com atenção, pois a os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de cada atleta deve manter-se nas condiçoes de baixa excitação como também em alta excitação, ou seja, o conjunto de caracteristicas individuais da pessoa nao deve sofrer grandes mudanças, pois os esportes extremos a agressividade poderá surgir no individuo.

Na sociedade altamente civilizada, os esportes extremos aparecem com uma válvula de escape da pressão comportamental imposta pelo próprio homem, pois a regra é basicamente o seu corpo e a sua mente, voltando aos tempos primitivos, no qual todos buscavam apenas a sobrevivência e não se preocupavam com padrões estéticos e sociais da atualidade, e os atletas não encontram nos esportes modernos, que estão cheios de regras por causa do capitalismo, não se importando com o fator emocional de cada um, que é singular.

DESCIVILIZAÇÃO?