sexta-feira, 24 de junho de 2011

Esporte adaptado: Um desafio para a psicologia do esporte

Créditos: LivrEsportes

O esporte adaptado é muito novo, apenas na primeira década do século XX foi iniciado com tímidas participações de atletas com deficiências auditivas em atividades de modalidades coletivas, nos anos seguintes tiveram início as atividades para jovens com deficiência visual, especialmente a natação e o atletismo e se consolidado oficialmente no final da segunda guerra mundial, quando vários militares voltaram para seus países mutilados e com outras deficiências. 


É um segmento muito praticado e divulgado em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa, não apenas pela competição, mas também pelo fator de inclusão e qualidade de vida para o deficiente, já que estes portadores necessitam de ações educativas para se encorajarem em novas oportunidades de engajamento no esporte e na vida.


A prática de atividade física é reconhecida mundialmente por proporcionar inúmeros benefícios aos praticantes e com o esporte adaptado, podem-se testar os limites e potencialidades de atletas com deficiência e ainda prevenir as enfermidades secundárias que podem ocorrer por causa da deficiência e ainda promover a integração social do indivíduo.

Como a psicologia do esporte estuda o comportamento dos indivíduos em diversas situações de prática desportiva e também os efeitos que a participação em atividades físicas, competitivas e recreativas pode propiciar a seus praticantes com deficiências, ou seja, atletas portadores de seqüelas de poliomielite, medulares, cerebrais, amputados, dentre outras, as conseqüências são as mesmas que tem os atletas não deficientes além dos valores terapêuticos evidenciados por causa da deficiência, com benefícios físicos e psíquicos, como:

 

• Melhora da avaliação subjetiva e descritiva que o atleta faz de si mesmo
• Estímulo à independência e autonomia
• Socialização com outros grupos
• Descobrimento de potencialidades e limitações
• Superação e frustração
• Melhora nos aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor
• Possibilidade da pratica esportiva como lazer, competitiva ou reabilitação
• Promover e encorajar os movimentos limitados pela lesão
• Melhorar as atividades motoras e funcionais para a vida diária


Com todos estes benefícios que o esporte pode proporcionar aos portadores de alguma deficiência física ou mental, a regra agora é movimentar-se, independente das limitações que o individuo venha a ter, pois há varias modalidades de esportes para deficientes com suas diversas classificações e atualmente há vinte e oito esportes reconhecidos pelo Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), sendo o atletismo o mais praticado, pois possui provas para todos os tipos de deficiência, com provas disputadas em cadeira de rodas, com o uso de próteses e com o auxílio de um guia e outras modalidades como:


• Natação
• Basquete em cadeiras de rodas
• Futebol
• Voleibol sentado
• Entre outras


Atletas com problemas ocorridos no cérebro ou no sistema motor sejam por fatores genéticos ou traumáticos atualmente podem e devem participar de atividades físicas por lazer ou competitivas, pois suas emoções estão no mesmo degrau que atletas sem deficiências e com a ajuda da psicologia do esporte, suas limitações são transformadas em superações e realizações.


A participação no Brasil e no mundo estar a cada dia se ampliando, por ser um elemento de reabilitação e socialização, que é um dos fatores mais importantes que o esporte traz para a sociedade, pois o esporte é um elemento transformador para o cidadão e no começo da prática esportiva, fatores psicológicos do atleta ficaram abalados, daí vem à importância da psicologia do esporte, que é dar o suporte emocional a estes atletas com deficiência e com objetivo de melhora no seu desempenho competitivo como também levar uma vida com mais tranqüilidade, sem traumas com a sua diferença perante a sociedade que na maioria da vezes olha apenas para “iguais”, e ser deficiente, é ser igual, em emoções e sentimentos, sem preconceitos.


VIVA A VIDA!