Olá internautas do
Esporte é Saúde.
Infelizmente o tema
escolhido para este artigo não é muito agradável para o torcedor santista.
É notório para todos
que o Santos F. C. vem atravessando uma verdadeira crise que atinge não só a
questão da gestão administrativa e financeira, mas também a política do clube,
fervendo com as eleições dos membros do Comitê de Gestão e do Conselho
Deliberativo.
Desde a alteração do
estatuto do clube, quando foi implementado o chamado comitê de gestão,
defendido por alguns sob o argumento de que se trata de uma forma de
administração profissional nos moldes dos grandes grupos empresariais, porém
duramente criticado por outros devido ao engessamento do departamento de
futebol profissional diante da falta de dinâmica e agilidade para decidirem
sobre questões importantíssimas de uma equipe de futebol, principalmente
contratações.
Não fico em cima do
muro quanto ao meu posicionamento de que não foi uma boa ideia a implementação
do tal Comitê de Gestão no Santos F. C., uma vez que o profissionalismo no
futebol é questão de conduzir-se a entidade de prática desportiva com seriedade
e apoiado por profissionais especializados.
Não é de hoje que o
clube vem perdendo espaço no mercado de contratações, tudo devido ao fato de
que é necessário um número elevado de pessoas se reunirem para decidir sobre
estas questões, em datas pré-fixadas, além da necessidade de haver um consenso
entre estes membros, para a concretização dos negócios, o que se torna
impraticável e inoportuno no futebol.
Somados os fatos acima
a uma série de atitudes desastrosas, como negociações insustentáveis pelo custo
benefício, tais como as de Cicinho e Leandro Damião, além de outras situações,
o Santos F. C. mergulhou numa verdadeira crise gestacional e financeira,
tornando-se um dos clubes mais endividados do País.
Como consequência disso
tudo explodiu no seio da Vila Belmiro uma verdadeira crise política, facilmente
constatada pelo número de chapas concorrentes às eleições do clube para o triênio
2015-2017.![]() |
Candidatos: Nabil, Peres, Fernando, Rollo e Modesto |
A insatisfação é geral,
seja dos torcedores, seja dos associados, seja dos membros do Conselho
Deliberativo, isso sem contar as reclamações constantes de agentes, ex atletas
e investidores, pela falta de atenção e respeito dispensada pela atual gestão
do clube.
Para piorar ainda mais
esse cenário a administração atual sequer foi capaz de conduzir o pleito
eleitoral, cuja Assembleia Geral estava prevista para o último sábado
(06/12/2014), vindo a ser aberta, porém inacabada, tudo devido a uma série de
transtornos e falhas no procedimento.
Logo de início as urnas
eletrônicas apresentaram defeitos, vindo a funcionar algumas delas, porém sendo
interrompida a votação pela pane geral, após poucos votos, passando-se, então,
ao voto mediante cédulas de papel.
Do lado de fora as
filas só aumentavam, nas quais se encontravam muitos idosos sob o forte calor e
sol, configurando-se um verdadeiro descaso e desrespeito aos associados que
cumprem com suas obrigações junto ao clube.
No entanto, o golpe de
misericórdia veio quando um dos integrantes da Chapa 2 (situação), foi flagrado
ao depositar duas cédulas na urna, destacando-se que na ocasião, estava atuando
como mesário, vindo a confessar o seu ato, inclusive concorrendo ao pleito na
condição de Conselheiro da referida chapa.
Foi a gota d’água para
mais um episódio negativo que veio a manchar o incomensurável nome de uma das
maiores equipes de futebol do mundo, proporcionado por pessoas ligadas à atual
gestão da equipe, o que é lastimável.
O rumo político do clube
ainda é incerto, principalmente diante do cenário eleitoral que se desencadeou
depois do quanto ocorrido no último sábado, colocando verdadeira instabilidade
acerca do futuro e do desfecho do pleito eleitoral.
Entre os demais
candidatos (excluindo-se a situação, por obviedade) é unânime a necessidade
urgente de se aplicar um choque de gestão administrativa no clube, além de ser
providencial o estancamento da crise financeira pela qual passa tão grandiosa
instituição.
Não escondo o meu
incondicional apoio ao candidato Orlando Rollo, da Chapa 3, Pense Novo Santos,
ressalvado o respeito aos demais candidatos, devido ao seu posicionamento firme
e decidido, oposicionista à gestão desastrosa que está afundando a marca Santos
Futebol Clube, nos últimos anos.
Além de tudo isso,
Orlando Rollo demonstra liderança e apresenta os projetos mais sólidos para
reerguer o Santos F. C. ao patamar que merece no cenário do futebol, com ideias
claras e objetivas, como formação de um elenco forte que possa brigar por títulos,
principalmente o Brasileirão, a modernização da Vila Belmiro, a ampliação do
patrimônio do clube, a valorização dos atletas revelados nas categorias de
base, grandes ações de marketing, a ativação dos esportes olímpicos, a gestão
realizada por profissionais qualificados e identificados com o clube, a
extinção do Comitê de Gestão, entre muitos outros projetos.
Importante salientar,
ainda, que o candidato Orlando Rollo lidera a Terceira Via Santista, que vem de
longa data trabalhando e se preparando para esse momento tão importante para o
clube, que agoniza por mudanças urgentes a fim de evitar resultados ainda
piores nos próximos três anos.
Independentemente de
qual seja o resultado do pleito eleitoral no dia 13.12.2014, espera-se que
vença a democracia e o Santos F. C., ficando a torcida para que realmente
ocorra a mudança e que o Alvinegro volte a brilhar no ano de 2015.
No entanto, é inegável
que o candidato que aspira melhores propostas e reúne maiores condições de
sentar na cadeira da Presidência, sem dúvidas, se trata de Orlando Rollo.
Desejo a todos os
santistas boa sorte e uma grande festa da democracia nas eleições do próximo
sábado, se realmente for concretizado o pleito eleitoral na Vila Belmiro, onde
estarei votando e torcendo por dias melhores para sempre.
Aproveito, ainda, para
desejar a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, repleto de paz, saúde,
alegria e sucesso.
MARCIO
CRUZAdvogado especialista em Direito Desportivo
www.mcadv.adv.br
marciocruz@mcadv.adv.br