domingo, 19 de setembro de 2010

Burnout: esgotamento físico e mental no esporte


Crédito: LivrEsportes

O cansaço mental é algumas vezes maior que o físico, pois engloba vários fatores emocionais. A detecção de esgotamento físico e mental em um atleta, treinador ou árbitro passa pela sua personalidade, pois é sabido que os traços de personalidade são únicos, então treinos que alguns suportam, em outros há uma fadiga física e mental que levam ao extremo da desistência do esporte.

Mas o que vem ser a síndrome de Burnout?

Em uma tradução livre do inglês, pode-se chamar de cérebro queimado, que foi analisado no início dos anos 70 pelo psicanalista americano Freudenberger que detectou um esgotamento profissional em si mesmo, no qual denominou síndrome de Burnout, esta exaustão emocional e física, que impede a pessoa de trabalhar, de conviver, de ter uma vida normal é caracterizada em profissões que trabalham com pessoas em alguma capacidade, as chamadas profissões de ajuda, como médicos, enfermeiros,
psicólogos e em profissões que se caracterizam por constantes relações interpessoais. Posteriormente foi observado também em professores de educação, atletas, treinadores e árbitros, pois sempre estão vivificado percepções de cobranças, críticas, cansaço e estresse. O corpo e a mente não suportam uma carga excessiva de treinos e jogos e como resposta psicofiologica entra em colapso por ter seu cérebro tão solicitado para dar sempre o seu melhor.

É característico nesse tipo de estresse extremo a presença de alguns sintomas, como:

 Exaustão emocional
 Despersonalização
 Ausência de realização pessoal
 Mudança de comportamento
 Conflitos internos
 Entre outros que levam ao esgotamento físico é mental

Quando é percebido em um atleta, treinador ou árbitro uma mudança de comportamento com a presença de alguns desses sintomas citados faz-se necessário a ajuda médica e psicológica com urgência, pois o esgotamento físico e mental nem sempre é irreversível. Os clubes que se preocupam com o bem estar de seus profissionais há sempre uma ajuda contínua de um psicólogo do esporte para que não tenham baixas por causa desse trauma físico e mental. A soma de respostas físicas e mentais causadas por agentes externos colocando o atleta sempre no seu limite de seu corpo é um processo de várias etapas, quando detectado precocemente a solução será menos dolorosa para ambas as partes, clubes e atletas.

Em uma primeira fase vem a insatisfação no ambiente de trabalho, seja por falta de motivação ou por outro fator emocional decorrente como a ansiedade antes de competições, esta etapa é pouco detectada, sendo apenas, em profissionais que já vem sendo acompanhado, isso mostra a importância de um profissional qualificado para trabalhar o emocional da equipe. Em etapas seqüentes, o atleta tende a refugiar-se em seus problemas e potencializando os sintomas e iniciando outros mais graves. Quando não há um acompanhamento adequado, este atleta chagará ao ponto de desistir da carreira, pois nada lhe dará mais prazer, desligando-se do mundo.

Para que o atleta não seja assombrado por pensamentos focados nas expectativas de resultados, deve-se sempre trabalhar o fator emocional para que estes façam sempre o que foi treinado para a competição, sem interferências ou barreiras e que não aceitem apenas a vitória. A recuperação pode ser dada através da redução de carga dos treinos, metas de treinamento e de competição, os atletas, técnicos e árbitros devem expressar seus sentimentos de frustração, através de uma boa comunicação, estabelecer períodos de recuperação para o bem-estar físico e mental, desenvolver técnicas de relaxamento, pensamento positivo, controlar as emoções pós-competições e manter um excelente desempenho físico e mental.

Técnicos devem sempre estar atento nas individualidades de seus atletas e em si próprio, com estresse prolongado, recuperação ineficiente, coping deficiente, pois poderá estar desenvolvendo a síndrome de Burnout.

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