sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Estresse no Esporte


Créditos: LivrEsportes
Por Mauro Viana
No mundo atual e corrido que vivemos, é comum ouvir pessoas se queixarem que estão estressadas. Esta palavra estar a cada dia fazendo parte de nossas vidas, seja no sentido figurativo ou no sentido propriamente dito. Mas como sabemos se estamos realmente estressados?

O estresse pode ser causado por estímulos externos ou internos, estas respostas que nosso corpo e nossa mente dão, é um sinal que algo errado estar acontecendo, seja físico ou mental. Algumas fontes externas para a decorrência do estresse pode ser a morte ou doença de um familiar, uma decepção amorosa, trabalho excessivo, noites mal dormidas e todas as fontes que o indivíduo precise de um tempo para que haja uma adaptação física e mental. As fontes externas são consideradas como as mais causadoras de estresse, mas não podemos desprezar as internas, que podem ser o tipo da personalidade, estilo de vida, expectativas com o futuro e vários fatores que são individuais e que somados com os fatores externos podem causar danos físicos e mentais desastrosos.

No esporte não pode ser diferente, pois a cada dia, as competições cobram muito dos atletas para quebra de recordes, vitórias, superação e, muitas vezes, sem a preocupação do fator emocional que os atletas devem e precisam ter. Quando o corpo e a mente do atleta são submetidos a um esforço maior que sua capacidade, estes respondem com um sinal de emergência, e em alguns há uma busca de apoio e proteção e em outros há uma preparação do corpo para o que “der e vier”. A partir dessa emergência começou o ciclo de formação do estresse, que pode ser dividido e detectado em três fases, que são:

 Fase de Alerta – Esta primeira fase há apenas uma reação de emergência, onde o organismo e a mente do atleta de prepara para agir, lutar ou fugir. Observam-se claramente os sintomas fisiológicos no corpo do atleta, como: mãos e pés frios, palidez, digestão mais lenta, perturbação no sono, dor de cabeça e como conseqüência a inibição do sistema imunológico.

 Fase de Resistência – Como é natural, o corpo e a mente do atleta não se entregam facilmente e há uma tentativa de restabelecimento do equilíbrio interno, mas isso ocorre com o uso de energia que seria empregada em outras fontes vitais do organismo. Como aviso pode-se observar a irritabilidade excessiva, falha na memória e o desgaste no organismo.

 Fase da Exaustão – Nesta fase, as energias de adaptação foram todas gastas na resistência que o corpo e a mente teve pra manter-se equilibrado. É agora que começa a exaustão física e psicológica. Os sintomas são bem mais sérios, pois poderá ser úlcera, depressão, apatia, fadiga crônica, isolamento, ambigüidade de sentimentos e até infarto.

No esporte de alto rendimento, é comum, um atleta ir muito bem nos treinos, com excelentes marcas, todas as metas de treino realizadas, mas quando chega nas competições não consegue obter êxodo. Esta reação poderá ser uma conseqüência comportamental do atleta em resposta aos treinos não acompanhados por um profissional que possa lhe dar suporte emocional para as competições. Por isso é muito importante saber os limites do corpo e da mente e trabalhar com profissionais competentes que busque uma satisfação plena do atleta identificando as fases do estresse, para que possa trabalhar o fator emocional, pois o cansaço físico é mais fácil de ser detectado, pois há sintomas claros, como falta de apetite, cansaço constante e outros já mencionados, mas o cansaço mental, o fator interno causador do estresse, é mais sutil sua percepção, pois poderá ser maior sensibilidade emotiva, dúvida quanto a si próprio, irritabilidade, entre outros.

O essencial é que todos os atletas de alto rendimento possam ser acompanhados por psicólogos do esporte e consiga detectar as fases do estresse para serem trabalhadas e voltar a ser um campeão.

VAMOS EM FRENTE!
*Artigo publicado na revista LivrEsportes