sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Influência dos pais na formação de atletas


Créditos: LivrEsportes

O esporte na antiguidade era praticado na maioria das vezes por pessoas com um nível social mais elevado e com predominância masculina e em conseqüência o esporte tornou-se altamente especializado e capitalista, com a formação precoce de jovens atletas. Por este motivo, é fundamental a atenção e acompanhamento de crianças e adolescentes por profissionais e principalmente pelos pais.
 
Muitas às vezes, os pais são os maiores responsáveis, por ansiedade e com objetivo de formar campeões, esquecem de respeitar a idade motora dos filhos bem como de se importar com os traumas e seqüelas patológicas e psicológicas, que pode levar o jovem atleta ao abandono da modalidade escolhida pelos pais.

A maioria dos pais e mesmo os jovens atletas vêem o esporte apenas como competição, esforço intenso, dinheiro e fama e deixa para outros planos o trabalho mental, que é a base da pirâmide esportiva, que no topo estar o fator físico, no centro, o fator técnico e tático e na base, como sustentação contínua de um atleta de alta performance, o fator emocional.

Para o atleta em formação deve-se aprimorar não somente a formação técnica e física, que na maioria das vezes, visa apenas o presente, a competição atual, mas também é fundamental a formação do cidadão do futuro, que vai partilhar e reproduzir seus aprendizados com futuras gerações.

Para a criança, o esporte é fundamental para a socialização, a aceitação do ganhar e perder, respeito com adversários e com as regras e a cooperação mútua de profissionais e atletas. Mas infelizmente não é o que encontramos nas escolhinhas de futebol, voleibol, tênis e de modalidades individuais, que em sua essência buscam o objetivo final, sem a importância devida para a preparação psicológica na formação do atleta.

O esporte moderno estar inserido em espetáculos que é prejudicial para a formação de jovens atletas, com eventos que se criam batalhas de marketing que expõe os atletas apenas ao esporte capitalista que para chegar ao topo o atleta é pressionado apenas para a vitória a qualquer custo, não visando o esporte como fenômeno sócio-cultural.

A criança, quando inserida no esporte ainda não deslumbra vitorias e glamour, mas a prática esportiva na infância é apenas por diversão. Nesse momento é fundamental o apoio dos pais em relação às cobranças de técnicos e equipes, que seja observado os aspectos positivos e negativos para a formação do cidadão juntamente com o lado esportivo, pois o esporte escolhido por ele não é o escolhido pelos filhos.

O esporte de alto rendimento quando praticado e ensinado de uma maneira errônea, acaba por privilegiar os mais fortes, os atletas “campeões”, onde que importa é apenas o resultado e não mais o ser humano, tornando-o uma pessoa extremamente competitiva e em conseqüência para a sociedade uma pessoa egoísta.

O esporte praticado por atletas infantis tem o poder democrático, pois onde um filho de operário compete um filho de empresário também estar sob as mesmas regras e condições de vitória e sucesso, desenvolvendo na criança vários conceitos, como:

•Socialização
•Promoção da amizade
•Ensinamento para a competição
•Cooperação
•Auto-identidade
•Desenvolve potencialidades: Físicas, emocionais e intelectuais

Com todos esses fatores positivos, o jovem atleta quebra barreiras sociais e o desporto praticado por crianças e jovens só tem sentido enquanto estar inserido um projeto pedagógico, pois atualmente o esporte já não é mais visto pelos estudiosos das Ciências Sociais como somente questões econômicas, políticas e sociais, mas tem sido considerado como uma atividade central nas sociedades contemporâneas, com formação de valores intrínsecos, mas podendo ser mensurados.

Os psicólogos do esporte, que lidam com a saúde mental de atletas, estão preocupados e trabalhando para que uma futura geração possa ser formada como atletas e cidadãos.