quarta-feira, 16 de junho de 2010

Estréia sofrida e nervos abalados

Apático, nervoso, desconcentrado e nada ousado – a equipe nacional dirigida pelo Dunga estreou no Mundial da África vencendo a frágil Coréia do Norte por 2 a 1. No primeiro tempo, quase me permiti um cochilo diante daquele futebol sonífero que, aliás, tem sido a tônica desta Copa.
Tudo bem que enfrentar adversários que se fecham inteiros no campo de defesa tem sido a pedra no sapato tático do Dunga. E quando enfrentarmos times mais fortes na defesa e com alto potencial ofensivo e de contra-ataque?

Ganso e Neymar

Vou falar nestes dois meninos até o fim do torneio. No jogo contra a Coréia, os rapazes teriam “tocado o terror” na defesa adversária. Paciência: tem quem prefira o Kaká fora de forma e o Julio Batista na reserva. Uns gostam dos olhos – outros, da remela.

Galvão Bueno e a Psicologia

“Não há melhor terapia para um atacante que as redes adversárias”. Palavras de um sábio narrador ao retratar as dificuldades do Luis Fabiano em marcar gols. Que tipo de comentário posso fazer diante de sublime constatação? Ainda bem que tem gente levando placas nos estádios. Onde assino?

Dunga no divã (de um psiquiatra!)

Enfim Dunga revelou quem é seu mentor: um psiquiatra que desenvolve treinamento mental povoando a mente do técnico com frases de efeito. Sabem o que acho mais estranho (para não dizer bizarro)? Muitos no futebol demonstram preconceito diante do trabalho psicológico – alegando que não são loucos e, ainda assim, procuram psiquiatras (!?). Vai entender...

Falando em Psicologia Esportiva

Visivelmente desequilibrada emocionalmente, a Seleção Brasileira – mais uma vez, evidenciou os prejuízos que a falta de um trabalho psicológico preventivo geram no emocional e mental do grupo. Falo isso há 15 anos. Pelo visto, ainda vai levar um tempo para esta galera acordar.

Psicologia Esportiva em 21 equipes

O amigo leitor sabia que, entre as 32 equipes que estão no Mundial, 21 delas contam com trabalho psicológico desde suas bases? Por aqui, magos, gurus e curandeiros continuam fazendo a farra com os vídeos do Ayrton Senna, comemorando a felicidade do sucesso, revolução dos grandes campeões e chorando ao assistir “Os dois filhos de Francisco”. Afinal, para que se utilizar de mapeamentos de perfil psicológico, motivacional, dinâmicas de grupo, acompanhamento e prevenção se temos estas pérolas ao alcance de qualquer um?

Time fraco – cabeça frágil

A falta de confiança é contagiante. A estréia diante da Coréia do Norte só reforçou (ainda mais) o quanto ainda temos de melhorar se quisermos conquistar uma posição honrosa neste torneio. Falar em título é prematuro. Temos camisa, torcida, paixão e capacidade. O resto está nas mãos do Dunga e de seus homens. Como afirmou o amigo leitor Paulo Roberto: "até a cerveja perdeu o gosto e preferi tomar um café bem quente para acordar do pesadelo".