quinta-feira, 10 de junho de 2010

Trem fantasma: ansiolíticos para todo mundo!

Amigos, os dois amistosos do Brasil me fizeram sentir novamente com nove anos de idade e às vésperas de encarar um trem fantasma daqueles sinistros e amedrontadores. Motivos, certamente, não faltam:

Kaká está lesionado

A lesão de Kaká é uma bomba relógio com data e hora marcada para explodir. Contusão no púbis é assim – pode gerar fadiga muscular precoce, dores nas costas e coxas, além do desgaste emocional natural de saber que existe uma lesão ativa no corpo.
De toda forma, pessoal, não se assustem, o Dunga já elegeu o Julio Baptista como substituto do Kaká. Na Europa, Julio é carinhosamente apelidado como “La bestia” (a besta). Que medo!

Felipe Mello

O volante Felipe Melo, da Juventus (ITA), foi o vencedor do prêmio "Privada de Ouro", entregue pela rádio italiana RAI2 ao pior jogador do ano no país. O brazuca recebeu 22,87% dos votos na eleição popular no ano passado. Além disso, demonstra desequilíbrio emocional e psicológico em momentos agudos, além de desconcentração e falta de habilidade para jogar bola. Este é um dos homens fortes e de confiança do Dunga. Socorro!

Falta de confiança interna

De todos os medos, o que me gera um distúrbio de ansiedade generalizado é perceber a desconfiança que o grupo demonstra de si e a falta de segurança dos atletas ao bater na redonda. Pior: nenhum tipo de trabalho psicológico foi realizado na preparação desta Seleção. Até porque, nosso técnico prefere ‘conversar’ com o elenco. Depois, novamente, não vale reclamar.

Líder, o que é isso?

A visão do Gilberto Silva naquele meio campo de nada me anima e, confesso, me traz lembranças hemorrágicas do Mundial passado (muito mais que na conquista do penta). Não temos referências de peso para liderar o grupo. O Lucio é um gigante calado. Coloca a vida na ponta da chuteira, mas não conversa com os colegas dentro de campo. Uma equipe sem comunicação não pode almejar a conquista de uma Copa.

No final, as bruxas existem

Para começar a secar nossos hermanos (vamos precisar fazer isso com mais gana desta vez), vale a frase: ”no creo en brujas, pero que las hay, las hay”. Se ganhamos em 1994, podemos ganhar desta vez? Luis Fabiano e Robinho são iguais ou melhores que Romário e Bebeto? Para Parreira, “o gol é apenas um detalhe”. E para o Dunga?

Enquanto isso, na televisão

Hoje assisti na televisão o comercial de uma companhia telefônica protagonizado pelo Neymar e Ganso que muitas, mas muitas saudades e lembranças certamente nos despertarão na Copa. Uma pena, só, que aquele ditado “foi matar um pato e acertou um ganso” não valeu desta vez. Paciência, somos brasileiros e sofredores – sempre!