domingo, 13 de julho de 2014

Realidade e Fantasia na Terra do Futebol


Mau desempenho da seleção vai fazer Brasil acordar para problemas

Por Mauro Viana
Ainda estamos de ressaca pela derrota, o que deve ficar da Copa é um legado bonito, mais não dentro do campo, mas sim pela receptividade dos brasileiros em relação aos milhares de turistas do mundo inteiro que foram "muito bem recebidos" no Brasil.
A Copa do Mundo de futebol nos trouxe à autoestima, e como legado para o futebol, podemos ver que a Gestão do Futebol a nível nacional está aquém do futebol mundial, pelo menos das potencias do futebol.
 
A Copa das Confederações, em 2013, nos trouxe uma euforia de “terra do futebol”, e durante as preparações para a Copa, muitos aspectos funcionaram bem, mesmo com muitas manifestações que vimos no decorrer desde ano. E com o começo da Copa, houve um paradoxo: Críticas (manifestações) e Apoio incondicional à Seleção.

Vamos nos ater à Gestão de nosso futebol, e como dizia o poeta Nelson Rodrigues, Futebol é Paixão: "E, por isso, eu lhes digo que A primeira missa, de Portinari, é inexata. Aqueles índios de biquine, o umbigo à mostra, não deviam estar na tela, ou por outra: — podiam estar, mas de calções, chuteiras e camisa amarela."
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O Brasil ainda é um celeiro de craques, mas o futebol profissional não há espaço para o improviso, para o “futebol poesia”, e a mercantilização de nossos jogadores é um neologismo de que tudo que se consome é encarado como mercadoria, e nós, brasileiros consumimos Futebol, mas não podemos transformar a paixão em mercadoria, como nossos jogadores são encarados mundialmente.

No futebol profissional, o Brasil ainda estar no meio do caminho, precisamos muito de investimentos intelectual, por que futebol não é simplesmente um jogo, mas tem um apelo social. Muitos países se firmam com as copas, por mera participação, como antigamente os gregos se firmavam com as olimpíadas.
A Gestão do Futebol depende que todos ou a maioria dos clubes brasileiros queiram ter um campeonato profissional de alta qualidade e não muitos para uns e pouco ou quase nada para outros, por que mesmo para quem não entende de esquemas táticos, a derrota de 7 a 1 para a seleção da Alemanha em uma semifinal, é um ponto fora da curva, que devemos repensar nossa Gestão com certa urgência.

A Gestão deve ser profissional e não por paixão, emoção. O importante é ter títulos ou sanar as dívidas e ter uma equipe competitiva? Este será o grande legado que o Copa do Mundo de Futebol deixará para o Brasil, em relação ao esporte mais praticado no planeta, que devemos repensar nossa maneira de disputar o futebol, a não ser que queiramos ficar na retaguarda das grandes potencias do Futebol.
O futebol propriamente dito, de improviso, de poesia, não é mais suficiente. E nós, torcedores estamos ainda discutindo com Johnnie Walker, Jack Daniel’s, Absolut ou qualquer outro companheiro etílico que nos mostre respostas que não conseguimos absorver este 7 a 1, na semifinal.

E o responsável para o futebol arte, que será apresentado na próxima Copa América e nos jogos eliminatórios para 2018 não será apenas o técnico, nas os dirigentes que terão as emoções de 200 milhões de pessoas em suas mãos.