terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

MUDANÇAS NECESSARIAS...

Por Gustavo Caetano Rogério
Em diferentes ocasiões emiti em minhas colunas opinião sobre o Ranking de Árbitros, seja regional ou nacional, e sempre entendendo que sua existência é salutar. Porém sempre entendi também que os critérios e normas para a classificação final fatalmente iriam trazer sérios problemas para quem escala e para a arbitragem beneficiando alguns, os teóricos, e prejudicando outros, os jovens de boa qualidade...Beneficiando os teóricos pelo peso excessivo das provas físicas e teóricas se co-relacionadas ao componente principal que é o comportamento do árbitro no campo de jogo.Prejudicando os bons pelo tempo excessivo que seria necessário para chegarem ao topo...Lembro ainda ter escrito que, como no jogo do bicho "VALE O QUE ESTA NO POSTE", na arbitragem e para o Ranking deveria valer o que o "ARBITRO FAZ NO CAMPO" e não o que faz nas pistas de atletismo ou nos bancos da escola quando das provas anuais.Destaquei ainda, anos atrás, que o modelo praticado inicialmente em São Paulo foi enxugado da Federação Portuguesa onde as "maracutaias" rapidamente foram colocadas a público no dossiê "SOCIEDADE SECRETA DOS ARBITROS", desmascarando textos e normas que visavam única e exclusivamente o manuseio nos posicionamentos...Talvez entre nós isso tenha passado despercebido e se confiou "cegamente" em tal modelo que para mim não serviria entre nós. E eu já alertava antes do escândalo acontecer...
Subdividir as categorias em três subcategorias, e sempre alertei, deixaria excelentes árbitros novos que fossem surgindo, anos e anos para chegar à elite.
Pela regulamentação teriam que galgar, uma a uma, as posições e isto levaria a partir da primeira subdivisão, pelo menos sete anos para chegar ao topo.A arbitragem é dinâmica... Quem é bom tem de subir rapidamente.
Volto ao tema pelo fato de que, aqui em São Paulo, muito se leu e se ouviu com relação á composição do Ranking 2010. Tudo que se passou, permitam-me, veio a mostrar que eu estava certo nas minhas observações de anos atrás e que por algum tempo dificultava o trabalho em nosso Estado.
Uma nova regulamentação já foi colocada em pratica e as subdivisões terminaram. Agora somente três divisões classificam os árbitros e isto é muito mais producente e lógico.Do Bronze se vai á Prata, e deste se vai ao Ouro. Um processo muito mais dinâmico e que facilitará a chegada mais rápida daqueles que tiverem condições. O que antes levaria sete anos agora poderá levar no máximo dois.
Somente entendo que a classificação numérica ainda deveria prevalecer para que todos, publicamente, soubessem qual a posição de cada um visto que a FPF somente divulgou de forma publica a relação nominal por ordem alfabética.
Uma alteração importante já se fez, mas ainda existe a necessidade de que se repense os critérios para classificação, ou seja, se no jogo do bicho "VALE O QUE ESTÁ NO POSTE", na arbitragem "VALE O QUE SE FAZ NO CAMPO"...
A teoria se aprende na escola e se atualiza durante a carreira... O condicionamento físico, sem ele, será refletido no que fizer no campo...
Se não aprendeu a teoria na escola, se não atualizou durante a carreira, se não cuidou do condicionamento físico, fatalmente a máxima ira aparecer novamente:
‘VALE O QUE SE FAZ NO CAMPO" e sem estas condições o árbitro irá fazer mal e não chegará a lugar nenhum...